terça-feira, 13 de maio de 2008

ÁGUAS SERVIDAS

ÁGUAS SERVIDAS OU RESIDUAIS
Esgoto é o termo usado para as águas que, após a utilização humana, apresentam as suas características naturais alteradas.
Conforme o uso predominante: comercial, industrial ou doméstico essas águas apresentarão características diferentes e são genéricamente designadas de águas residuais (ou águas servidas).
A devolução do esgoto ao meio ambiente deverá prever, se necessário, o tratamento de águas residuais seguido do lançamento adequado no corpo receptor que pode ser um rio , um lago ou no mar através de um emissário submarino.
Em países subdesenvolvidos, como o Brasil, o lançamento indiscriminado de esgotos domésticos costuma ser um dos maiores problemas ambientais e de saúde pública.
O esgoto pode ser transportado por tubulações diretamente aos rios, lagos , lagunas ou mares ou levado às estações de tratamento, e depois de tratado, devolvido aos cursos d'água.
O esgoto pluvial ou , simplesmente , água pluvial pode ser drenado em um sistema próprio de coleta separado ou misturar-se ao sistema de esgotos sanitários, que não e recomendado.
O esgoto não tratado pode prejudicar o meio ambiente e a saúde das pessoas.
Os agentes patogênicos podem causar doenças como a cólera, a difteria, o tifo, a hepatite e muitas outras.
A solução para a redução de doenças é um sistema adequado de saneamento básico que pode ou não incluir uma Estação de Tratamento de Águas Residuais, conforme o caso a ser estudado.
COMPOSIÇÃO DO ESGOTO
O esgoto contém basicamente matéria orgânica e mineral, em solução e em suspensão, assim como alta quantidade de bactérias e outros organismos patogênicos e não patogênicos.
Outros produtos podem ser indevidamente jogados descarga abaixo e lançados na rede de esgotos, como estopas, chupetas e outros materiais relacionados a crianças, objetos de higiene feminina, tais como absorventes, ou ainda produtos tóxicos de origem industrial, preservativos usados, etc.
O esgoto em decomposição anaeróbica produz gases que, em espaços fechados, como tubulações ou estações, podem estar concentrados a níveis perigosos, exigindo o uso de material especial e equipes de resgate.
O gás sulfídrico é o principal responsável pelo cheiro característico do esgoto em decomposição anaeróbica.
O método de cloração do esgoto, já tratado previamente numa Estação de Tratamento (ETE), pode contribuir na redução de patogénicos no lançamento dos efluentes. Revelou-se ser o processo de menor custo e de elevado grau de eficiência em relação a outros processos como a ozonização que é bastante dispendiosa e a radiação ultra violeta que não é aplicável a qualquer situação.
O gás mais perigoso presente é o metano por ser explosivo, já tendo causado a morte de alguns operários de companhias de saneamento.
Dentro das águas doces, as águas residuais ou residuárias são todas as águas descartadas que resultam da utilização para diversos processos.
Exemplos destas águas são:
Águas residuais domésticas:- provenientes de banhos;- provenientes de cozinhas;- provenientes de lavagens de pavimentos domésticos.
Águas residuais industriais:- resultantes de processos de fabricação.
Águas de infiltração:- resultam da infiltração nos coletores de água existente nos terrenos.
Águas urbanas:- resultam de chuvas, lavagem de pavimentos, regas, etc.
As águas residuais transportam uma quantidade apreciável de materiais poluentes que se não forem retirados podem prejudicar a qualidade das águas dos rios, comprometendo não só toda a fauna e flora destes meios, mas também, todas as utilizações que são dadas a estes meios, como sejam, a pesca, a balneabilidade, a navegação, a geração de energia, etc.
É recomendado recolher todas as águas residuais produzidas e transportá-las até a Estação de Tratamento de Águas Residuais (ETAR).
Depois de recolhidas nos coletores, as águas residuais são conduzidas até a estação, onde se processa o seu tratamento para posteriormente serem lançadas novamente nos córregos e rios.

Doenças causadas pela falta de Saneamento

Doença (Agente causador) e Forma de contágio

Amebíase ou disenteria amebiana (ProtozoárioEntamoebahistolytica) * Ingestão de agua ou alimentos contaminados por cistos
Ascaridíase ou lombriga (Nematóide Ascaris lumbricoides) *Ingestão de agua ou alimentos contaminados por ovos.
Ancilostomose (Ovo de Necator americanus e do Ancylostoma duodenale) *A
larva penetra na pele (pés descalços) ou
pelas mãos sujas em contato com a boca.
Cólera (Bactéria Vibrio cholerae) *Ingestão de água contaminada
Disenteria bacilar ( Bactéria Shigellasp) *Ingestão de água, leite
e alimentos contaminados.
Esquistossomose (Asquelminto Schistossoma mansoni) * Ingestão de água contaminada, através da pele.
Febre amarela (Vírus Flavivirussp) *Picada do mosquito Aedes aegypti
Febre paratifóide (Bactérias Salmonella paratyphi,S.schottmuelleri S. hirshjedi ) *Ingestão de água e alimentos e moscas também podem transmitir.

Febre tifóide (Bactéria Salmonella typhi) *Ingestão de água e alimentos contaminados.
Hepatite A ( Vírus da Hepatite A) *Ingestão de alimentos contaminados,
contato fecal-oral.
Malária (Protozoário Plasmodium ssp) *Picada da fêmea do mosquito
Anopheles sp.
Peste bubônica (Bactéria Yersinia pestis) *Picada de pulgas
Poliomielite (Vírus Enterovirus) * Contato fecal-oral, falta de higiene.
Salmonelose (Bactéria Salmonella sp) *Animais domésticos ou silvestres
infectados.
Teníase ou solitária (Platelminto Taenia solium e Taenia saginata) *Ingestão de carne de porco e gado
infectados.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Respire Fundo

Respire Fundo...
...O crescente aumento da emissão de poluentes tem se constituído em uma das mais graves ameaças à qualidade do ar nos grandes centros urbanos, com consequentes efeitos na saúde da população.
Esse problema decorre de um complexo sistema que envolve processos industriais, transportes, queima de combustível, queima de biomassa, geração de energia elétrica, incineração e mesmo fontes naturais e suas interações na atmosfera.
A poluição do ar causada pelos meios de transporte tem sido foco de estudos e pesquisas em diversos países, inclusive no Brasil, onde diversos estudos apontam a importância de sua contribuição para a degradação da qualidade do ar nos grandes centros urbanos.
A utilização de fontes fósseis de energia é um dos principais responsáveis pela poluição atmosférica. A combustão desses combustíveis gera gases poluentes atmosféricos que causam impactos ambientais, em nível global como o aumento do efeito estufa; em nível regional, como as chuvas ácidas; e em nível local, como os bolsões de calor contribuinte através das emissões dos principais poluentes de significância local, que são monóxido de carbono (CO), dióxido de enxofre (SO), hidrocarbonetos (HC), óxidos de nitrogênio (NOx) e materiais particulados (MP).
De acordo com a sua origem, os poluentes podem ser classificados como poluentes primários, emitidos diretamente na atmosfera e poluentes secundários, que são formados na atmosfera a partir de reações químicas e/ou fotoquímicas entre dois ou mais poluentes, como o ozônio (O ), que tem como precursores os hidrocarbonetos e os óxidos de nitrogênio (NOx).
Um poluente pode ter diversas fontes.
As fontes de emissão diretas na atmosfera podem ser enquadradas dentro da seguinte classificação: fontes naturais — através dos processos naturais de emissão como as emissões vulcânicas e o arraste eólico; fontes fixas — através das queimas de resíduos e de combustíveis em padarias, lavanderias, hotéis, hospitais e outras atividades e fontes móveis — compostas pelos meios de transporte aéreo, marítimo e terrestre, em especial os veículos automotores que, pelo número e distribuição ocupacional espacial, passam a constituir-se destaque nas áreas urbanas.
A ocorrência de poluição do ar está relacionada à alteração da composição da atmosfera.
Desse modo, são estabelecidos níveis de referência para diferenciar o ar poluído daquele não poluído. Quando se determina a concentração de um poluente na atmosfera mede-se o grau de exposição dos receptores — seres humanos, outros animais, plantas, materiais e do ponto de vista físico (diluição) e químico (reações químicas).
Os níveis de referência fornecem suporte para determinar as relações entre as emissões dos poluentes e os efeitos sobre o meio ambiente.
Sob o aspecto legal, um dos níveis de referência utilizados é o denominado padrão de qualidade do ar, que define o limite máximo para a concentração de um componente atmosférico, que garanta a saúde e o bem estar das pessoas.
Os padrões de qualidade do ar são baseados em estudos científicos dos efeitos produzidos por poluentes específicos e são fixados em níveis que possam propiciar uma margem de segurança adequada.
Como a concentração de poluentes no ar é função do acúmulo de substâncias lançadas pelas diversas fontes, um outro nível de referência empregado é o padrão de emissão, limite estabelecido legalmente, que quantifica o nível máximo de emissão de um determinado poluente na fonte.
Os efeitos da poluição do ar podem ser caracterizados tanto pela alteração de condições consideradas normais, como pela potencialização de problemas existentes.
Podem se manifestar na saúde, no bem estar da população, na vegetação e na fauna, sobre os materiais e sobre as propriedades físico-químicas da atmosfera.
Você sabia que:

Partículas Totais em Suspensão(PTS)
Partículas de material sólido ou líquido que ficam suspensas no ar, na forma de poeira, neblina, aerossol, fumaça, fuligem etc. Obtêm-se de processos industriais,veículos motorizados(exaustão), poeira de rua ressuspensa, queima de biomassa. Fontes naturais: pólen, aerossol marinho e solo.
Quanto menor o tamanho da partícula, maior o efeito à saúde. Causam efeitos significativos em pessoas com doença pulmonar, asma e bronquite.
Causam danos à vegetação,deterioração da visibilidade e contaminação do solo.

Gases

Monóxido de Carbono (CO)
Gás incolor, inodoro e insípido. Combustão incompleta em veículos automotores.
Altos níveis de CO estão associados a prejuízo dos reflexos, da capacidade de estimar intervalos de tempo,no aprendizado, no trabalho e visual.

Ozônio (O ) 3
Gás incolor, inodoro nas concentrações ambientais é o principal componente da névoa fotoquímica.
Não é emitido diretamente à atmosfera. É produzido fotoquímicamente pela radiação solar sobre os óxidos de nitrogênio e compostos orgânicos voláteis.
Causam irritação nos olhos e vias respiratórias e diminuição da capacidade pulmonar.
Exposição a altas concentrações pode resultar em sensações de aperto no peito, tosse e chiado na respiração. O Ozónio tem sido associado ao aumento de admissões hospitalares. Causam danos às colheitas, à vegetação natural, plantações agrícolas e ornamentais.
Dióxido de Enxofre (SO ) 2
Gás incolor, com forte odor, semelhante ao gás produzido na queima de palitos de fósforos. Pode ser transformado a SO , que na presença de vapor de água, passa rapidamente a H SO É um importante precursor dos sulfatos, um dos principais componentes das partículas inaláveis.
Obtêm-se de processos que utilizam queima de óleo combustível, refinaria de petróleo, veículos a diesel, polpa e papel.
Causam desconforto na respiração, doenças respiratórias, agravamento de doenças respiratórias e cardiovasculares existentes.
Pessoas com asma, doenças crônicas de coração e pulmão são mais sensíveis ao SO . 2
Pode levar à formação de chuva ácida, causar corrosão aos materiais e danos à vegetação: folhas e colheitas.

Dióxido de Nitrogênio(NO ) 2
Gás marrom avermelhado,com odor forte e muito irritante. Pode levar a formação de ácido nítrico,nitratos (o qual contribui para o aumento das partículas inaláveis na atmosfera) e compostos orgânicos tóxicos.
Obtêm-se de processos de combustão envolvendo veículos automotores, processos industriais, usinas térmicas que utilizam óleo ou gás,incinerações.
Causam aumento da sensibilidade à asma e à bronquite,redução da resistência às infecções respiratórias. Pode levar à formação de chuva ácida, danos à vegetação e à colheita.

Uma revisão das evidências, detalhadas neste estudo, indica que a poluição do ar originada pelos veículos tem efeitos na saúde, incluindo mortalidade, morbidade respiratória não alérgica, doenças alérgicas e sintomas (como asma), doenças cardiovasculares, câncer, efeitos nos nascimentos (na gravidez) e fertilidade masculina.
As crianças e os idosos são especialmente vulneráveis à exposição à poluição atmosférica.
VEJA UM VÍDEO INTERESSANTE SOBRE O ASSUNTO - CLIQUE NO TÓPICO A DIREITA DA PÁGINA

(Fonte - IBAMA/MMA)

sábado, 15 de março de 2008

Para Pensar - nossas atitudes de hoje!


Para Pensar...



Carta escrita em 2070:

“Estamos no ano de 2070, acabo de completar os 50, mas a minha aparência é de alguém de 85.
Tenho sérios problemas renais porque bebo muito pouca água. Creio que me resta pouco tempo.
Hoje sou uma das pessoas mais idosas nesta sociedade.
Recordo quando tinha 5 anos. Tudo era muito diferente.
Havia muitas árvores nas matas, nos parques, as casas tinham bonitos jardins e eu podia desfrutar de um banho de chuveiro com cerca de uma hora.
Agora usamos toalhas em amento mineral para limparmos a pele.
Antes todas as mulheres mostravam a sua formosa cabeleira.
Agora devemos raspar a cabeça para a manter limpa sem água.
Antes meu Pai lavava o carro com a água que saia de uma mangueira. Hoje os meninos não acreditam que a água se utilizava dessa forma. Recordo que havia muitos anúncios que diziam CUIDA DA ÁGUA, havia alguns chatos que ficavam falando sobre a necessidade de preservarmos o meio ambiente, só que ninguém lhes ligava; pensávamos que a água jamais se podia terminar.
Agora, todos os rios, córregos, riachos, barragens, lagoas e mantos aqüíferos estão irreversivelmente contaminados ou esgotados.
Antes a quantidade de água indicada como ideal para beber era oito copos por dia por pessoa adulta.
Hoje só posso beber meio copo. A roupa é descartável, o que aumenta grandemente a quantidade de lixo; tivemos que voltar a usar os poços sépticos (fossas) como no século passado porquê às redes de esgoto não se usam por falta de água.
A aparência da população é horrorosa; corpos desfalecidos, enrugados pela desidratação, cheios de chagas na pele pelos raios ultravioletas que já não tem a capa de ozônio que os filtrava na atmosfera.
Imensos desertos constituem a paisagem que nos rodeia por todos os lados.
Não se tem mais sombras das árvores que desenhavam um cenário natural não muito valorizado pelos olhos dos que só pensavam em progresso. As infecções gastrintestinais, enfermidades da pele e das vias urinárias são as principais causas de morte.
A indústria está paralisada e o desemprego é dramático.
As fábricas dessanilisadoras são a principal fonte de emprego e pagam-se com água potável ao invés de salário. Os assaltos por um bidão de água são comuns em ruas desertas. A comida é 80% sintética. Pela ressiguidade da pele uma jovem de 20 anos está como se estivesse com 40. Os cientistas investigam, mas não há solução possível. Não se pode fabricar água. O oxigênio também esta degradado por falta de árvores o que diminui o coeficiente intelectual de novas gerações.
Alterou a morfologia dos espermatozóides de muitos indivíduos, como conseqüência há muitos meninos e meninas com insuficiências, mutações e deformações.
O governo até nos cobra pelo ar que respiramos. 137 m³ por dia por habitante adulto.
As pessoas que não podem pagar são retiradas das “zonas ventiladas” que estão dotadas de gigantescos pulmões mecânicos que funcionam com energia solar, não são de boa qualidade, mas pode-se respirar. A idade média de sobrevivência é de 35 anos parecendo estar com 70 anos de vida.
Em alguns países ficaram manchas de vegetação com o seu respectivo rio que é fortemente vigiado pelo exército, a água tornou-se um tesouro muito cobiçado mais do que o ouro e os diamantes.
Aqui na minha cidade, não há arvores porque quase nunca chove, e quando chega a registrar-se precipitação, é de chuva ácida e as estações do ano tem sido severamente transformadas pelas provas atômicas e das indústrias nacionais e multinacionais contaminantes do século XX e XXI.
Advertia-se que havia de cuidar do meio ambiente e ninguém fez caso. Não havia oportunidades de trabalho, de fala, de discussão e tudo era muito político. Não se observava o lado raiz das pessoas, a simplicidade do natural, o nosso meio era tratado como o inicio do nada. Também não gerava votos, não gerava lucros, não gerava luxo.
Quando a minha filha me pede que lhe fale de quando era jovem, descrevo o bonito que eram os bosques, as matas e lhe falo da chuva, das flores, do agradável que era tomar banho e poder pescar nos rios e barragens, beber toda a água que quisesse e saudável que era a gente.
Ela pergunta-me: Papai porque se acabou a água, as matas e os bosques?
Então, sinto um nó na garganta, não posso deixar de sentir-me culpado, porque pertenço a uma geração que terminou destruindo o meio ambiente ou simplesmente não tomamos em conta tantos avisos dados pela própria natureza.
Agora nossos filhos, e os filhos dos nossos filhos pagam um preço alto e justificável pela nossa ignorância e sinceramente creio que a vida na terra já não será possível dentro de muito pouco tempo, porque a destruição do meio ambiente chegou a um ponto irreversível.
Como gostaria voltar atrás e fazer com que todas as pessoas, todas comunidades, toda humanidade compreendesse isto, quando ainda podíamos fazer algo para salvar o nosso planeta terra dilacerado pelos seus próprios habitantes.

Que pena!


(texto extraído da revista biográfica “Crônicas de los Tiempos” de abril de 2002)

segunda-feira, 3 de março de 2008

Desenvolvimento Sustentavel

SUSTENTABILIDADE

Ao analisarmos alguns problemas sócio-ambientais referentes ao estado do planeta e de uma introdução histórica ao conceito de sustentabilidade, sentimos que as possibilidades para focalizar este assunto são inúmeras.
Mas a ótica construtivista desenvolvida nesse contexto justifica-se dentro das questões como relações entre conhecimento local, tradicional e perito (chave para analisar os conflitos ambientais) e a necessidade de assumir uma perspectiva mais complexa sobre os processos de desenvolvimento sustentável.


O desenvolvimento sustentável abrange os seguintes aspectos:

· Integração entre conservacionismo e desenvolvimento;
· Satisfação das necessidades humanas básicas;
· Oportunidades para realizar necessidades humanas
não materiais;
· Progresso no sentido da equidade e justiça social;
· Respeito e apoio à diversidade cultural;
· Condições para a autodeterminação social;
· Manutenção da integridade ecológica;

As propostas de desenvolvimento sustentável são uma alternativa cada vez mais difundida à era moderna que, junto com significativos benefícios, com muita frequência tem provocado impactos ambientais e sociais negativos, tanto nos países mais quanto nos menos desenvolvidos.

Alguns impactos ambientais negativos da modernidade:

Assoreamento de córregos e rios e contaminação dos recursos hídricos por pesticidas, nitratos, dejetos animais e humanos, o que por sua vez pode provocar desequilíbrios nos ecossistemas e problemas à saúde ao se beber água para consumo humano;

Contaminação dos alimentos por resíduos de pesticidas, nitratos e antibióticos;
Uso intensivo dos recursos naturais, afetando os lençóis freáticos, e a capacidade dos solos de absorver dejetos, etc;

Tendência ao crescimento desordenado dos centros urbanos com adensamento populacional de baixa renda em áreas de risco, e ocupação irregular sem ofertas de infra – estrutura e serviços básicos de saúde, educação, transporte e saneamento;

Elevação das tensões sociais e aumento da violência e criminalidade, oriundos da indisponibilidade de geração de renda e ocupação de mão de obra operária.


O conceito complexo de desenvolvimento sustentável remete fundamentalmente a uma atividade produtiva, equilibrada ambientalmente e capaz de preservar o tecido social das comunidades. Também se refere tanto a persistência e a capacidade de algo continuar por um longo tempo quanto à habilidade de adaptação frente a dificuldades inesperadas.

Em relação ao meio ambiente, envolve a idéia de não contaminar ou degradar os recursos naturais. Mas devemos considerar que qualquer definição de desenvolvimento sustentável é específico no tempo e lugar. As situações e condições mudam, e desta forma devem mudar as propostas de sustentabilidade. Por tanto, a sustentabilidade não implica um simples pacote ou modelo, mas um processo de aprendizagem.

Cada vez mais os projetos de sustentabilidade estão sendo associados com a utilização de métodos participativos que garantam um ativo envolvimento das populações alvos no desenho e na implementação das atividades definidas para melhorar o bem-estar da população.
O que se procura com isto é permitir o “empoderamento” destas pessoas através de sua participação. Este é um elemento chave dos projetos, combinado com um claro conhecimento dos limites ambientais e dos requisitos para atingir a satisfação das necessidades básicas das comunidades envolvidas.

A sustentabilidade inclui-se dentro de uma política mais ampla que procura o desenvolvimento humano e sustentável. Este propõe a orientação simultânea para o crescimento econômico, à equidade social, o uso racional dos recursos naturais e a proteção do meio ambiente, num marco de respeito das necessidades dos homens e mulheres.

Podemos afirmar que experiências bem sucedidas de desenvolvimento sustentável se apóiam fundamentalmente em:

a) tecnologias apropriadas e adaptadas às condições locais;
d) abordagens participativas;
d) reconhecimento da necessidade de aprendizagens coletivas;
e) vínculos positivos entre as iniciativas locais e as agências
externas, junto com a existência de parcerias entre as
agências envolvidas.

Precisamos entender que a sustentabilidade, um conceito tão utilizado hoje em dia, envolve um processo de aprendizagem. As práticas mais adiantadas, em lugar de representar um ponto final, permitem criar novos desafios e também novos conflitos. Alguns setores podem acabar sendo mais beneficiados que outros nesse processo.

Mas um aspecto central e chave para garantir a sustentabilidade é a aplicação de métodos participativos. Aqui o alerta vai para uma utilização meramente verbal, de boas intenções, mas que não leva a mudanças significativas nos processos decisórios a nível comunitário. Se isto acontece, sem dúvida que as práticas adotadas não levaram a melhoras nas condições de vida da população nem na qualidade ambiental.
Através destes métodos participativos podem reforçar-se aspectos chaves em nível das comunidades, que permitam a sustentabilidade das respectivas práticas.

Entre tais aspectos podemos mencionar:


1 Capital natural: bens e serviços naturais, como alimentos, regulação e abastecimento de água, tratamento de dejetos, fixação de nitrogênio, recriação e lazer, etc.

2 Capital social: a coesão das pessoas nas suas sociedades, e que envolve relações de confiança, reciprocidade e troca entre indivíduos, que permite fortalecer redes e grupos locais, que podem ter um caráter informal, e entre os indivíduos e organizações.

3 Capital humano: refere-se às condições da população em termos de educação, nutrição, capacidades e conhecimentos dos indivíduos, acesso a serviços como escolas, assistência médica, treinamento de adultos, e inclui também as formas em que os indivíduos e seus conhecimentos interagem com as tecnologias produtivas.

4 Capital físico: infraestrutura local, como habitação, estradas, pontes, fontes de energia, comunicação, mercados, etc.

5 Capital financeiro: envolve dinheiro e poupanças, acesso ao crédito, aposentadorias, subsídios, etc.

Os sistemas de desenvolvimento sustentável acumulam estes capitais com o tempo, enquanto sistemas de desenvolvimento não sustentável levam a seu deterioro.

Se estes elementos forem reforçados através de estratégias participativas podemos contar com que as melhorias na qualidade de vida da população vão a continuar e a revitalização do desenvolvimento pode levar a uma nova dinâmica econômica nos municipios.
Pensem nisso!
Fernando Cotonete

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

QUEM SOMOS?

Somos uma ESPÉCIE e fazemos parte de um conjunto de indivíduos capazes de se reproduzirem biologicamente gerando prole fértil, "pelo menos potencialmente", e permitindo constituir uma POPULAÇÃO.

Essa mesma população, que se caracteriza pelo conjunto de indivíduos da mesma espécie, vive em um território, cujos limites são geralmente delimitados pelo ecossistema, formando uma COMUNIDADE.

As comunidades definem-se pelo conjunto de todas as populações de uma dada área geográfica e que usualmente interagem-se de forma organizada; "cientificamente" conhecida pelo nome de BIOCENOSE.

Podemos observar que a interação de diversas matérias nos mostra que a matemática da Vida e simples; e se avaliarmos nossas ações pelo grau de interação com o nosso Meio Ambiente, teremos a (Bio = Vida) + (Cenose = Comunidade) teremos o resultado da somatória igual a

Vida em Comunidade.

Ampliando o campo da visão sistémica, temos a BIOGENOSE, = (Bio = Vida) + (Gel = Terra) + (Cenose = Comunidade), que "tecnicamente" e considerado o conjunto integrado de fatores (Físicos, Ecológicos e Bióticos) que caracteriza um determinado lugar conhecido como ECOSSISTEMA.

O resultado dessa somatória de palavras técnicas pode muito bem ser simplificado da seguinte forma: A VIDA NA TERRA, E O REFLEXO DA AÇÕES DAS COMUNIDADES.

O que e mais interessante nessa trajetória da humanidade, e que o Ser Humano parece não perceber que depende de uma base ecológica para a sustentação de sua vida e de seus descendentes.

E considerando estas palavras incomuns no nosso dia-a-dia, e que definem tecnicamente o fluxograma do nosso ambiente sistémico natural, poderíamos alcançar a "SIMBIOSE" que e definida pelas relações que vivem juntas e não se maltratam, podendo ser incorporado pelo ser humano na busca do tão sonhado Desenvolvimento Sustentável; observando os campos Sociais, tecnológicos, Económicos e Ambientais.

Se não observarmos as questões ambientais e mantivermos o ritmo acelerado de degradação dos nossos recursos naturais, brevemente estaremos desconsiderando a possibilidade em alcançarmos os caminhos da Simbiose que deveria ser visualizada pelo desenvolvimento sustentável.

Fica para nos uma mensagem de alerta para as gerações futuras, onde as mesmas poderão adotar a COMPETIÇÃO INTRA-ESPECÍFICA, que se define através da Luta pelos mesmos objetivos, quando os não mais existem em quantidade suficiente para todos.

Prova disso, e exemplificada pelo termo BIOMA, que se define como um grande Ecossistema terrestre de aspecto mais ou menos homogéneo e com condições climáticas semelhantes como: a Mata atlântica, o Cerrado, o Pantanal e outros, que estão sendo considerados e substituídos pelo termo de Ecossistema, oriundo da fragmentação desordenada e consumista de progresso. Sem precedentes!

Fernando Costa

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Moralidade Ambiental

O que e Moralidade?
Vem do latim, "MORES", que significa "COSTUME".
Há muitos e muitos anos atrás, os romanos fizeram as suas leis em cima do mores.
As boas Leis naquela época, eram aquelas que estavam em compasso com aquilo que a sociedade desejava e que estava "acostumada".
Acompanhando o curso da história, percebemos atualmente que os desenvolvimentos econômicos, científicos e tecnológicos são tão rápidos que atropelam nossa MORALIDADE todos os dias.
E o que estamos vendo, é simplesmente um crescimento exorbitante de degradação ambiental aliada com a degradação social, configuradas através da elevação dos índices crescentes da miséria humana e da exclusão social, que são fatores que nossa sociedade não deseja, mas que já estamos nos acostumando em viver com esse cenário.
Para darmos uma pitada de questionamento sobre os caminhos atuais, fica aqui uma pergunta: Por que milhares de leis que circulam pra lá e pra cá com tão pouca iluminação moral, não conseguem encontrar os caminhos da prudência e da evolução social? Por quê não são embasadas em hábitos e atitudes mais humanitárias?
Simplesmente porquê os "mores" das nossas sociedades são diferentes dos conteúdos das Leis.
Em termos Ambientais, fruto do objetivo deste texto, é alertar para que outros pontos a serem observados na elaboração e aplicação das leis, se embasem no desenvolvimento cultural, politico e tecnológico de uma população que precisa ser amparada em valores conservacionistas e preservacionistas. Essa concepção irá nos permitir compreender o mundo em que vivemos e qual mundo almejamos viver.
O conhecimento sobre a interação entre o homem e a natureza é, por si só, um valor a ser considerado em todos aspectos da vida, permitindo-nos adquirir os embasamentos e princípios das leis naturais da Vida, para alcançarmos boas leis que regem a conduta de uma sociedade.
Finalizando, percebe-se que um dos grandes desafios sobre as questões ambientais a serem resolvidos, principalmente no que tange aos recursos hídricos, as reservas conservacionistas, a fauna, flora, saneamento básico e da qualidade de vida das populações, e que nossos governantes tentam impor as leis de cima para baixo, sem se preocupar com a educação, sensibilização e motivação de uma sociedade que ainda não assimilou uma cultura mais evolutiva sobre o Meio Ambiente, que é um elo entre a nossa qualidade de Vida e as das futuras gerações.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Somos Semente, Seremos Colheita.

O homem ainda não se deu conta do que seja a Vida!
O homem Produz... Reduz...Produz...Reduz...Produz...
...E mesmo assim, não se deu conta do que seja a Vida.
Por si só, o homem não consegue produzir a Vida;
Por si só, o homem consegue reduzir a Vida!
Como será o resultado da produção da vida pelo homem?
Como serão os pássaros, as águas, as terras e as montanhas?
Como serão os rios, os animais, os peixes, os insetos?
Como será o Ar, a Chuva, o Tempo?
E as estações do ano, o verão, Outono, Inverno e a Primavera?
E as águas?
Serão desenvolvidas para serem cristalinas, levando substratos para a fertilidade da terra?
Ou serão revestidas de películas sintéticas e plasmáticas para cada tipo de molhar?
E nossas terras... Há nossas terras, como serão?
Continuarão a ser o berço da fertilidade que nos alimenta, que trilham nossos caminhos, ou serão simples matéria a esfarelar?
E nossos rios...Há nossos rios, não quero nem pensar!
Serão canais de águas revestidas de películas e elastômeros para conduzir nossos esgotos dotados de substancias químicas, para que haja mais eficiência no processo de degradar?
Degradar o que?
Sacos plásticos, garrafas petty, latas de sardinha, bicos de mamadeira, embalagens de chips, bitucas de cigarro, tampas de cerveja, preservativos, madeiras, geladeiras, fogões, sofás, entulhos de construções, fetos e inconsciência que certamente ali irão estar!
Possivelmente tudo será produzido pelo homem!
As aves, os animais, os peixes, as plantas, o ar, a chuva, o calor, as estações do ano, a terra fértil, os rios, o vento, a brisa, as montanhas, os insetos, a água, o canto dos pássaros, etc.
Somente uma coisa o homem não poderá produzir!
O pingo; A gota de uma lágrima que cairá dos nossos olhos, que lavará a tristeza dos nossos rostos e lubrificará o ressecado de nossas mãos, ao vermos um mundo artificial...
Que um dia inundará nossas lembranças. Somente nossas lembranças!
Restará uma pergunta no coração de cada um.
Qual será o diferencial entre Natural, Superficial e do Artificial?
E mesmo assim, nossos Verões, outonos, Invernos e primaveras irão sobreviver na mente de cada um de nós, em suas devidas proporções, em suas devídas experiências, em suas devídas intensidades.
Mesmo porquê, o homem produzindo um mundo novo, artificial, tecnológico e com produção escalonada...
Ele jamais irá produzir nossos sentimentos, nossas experiências, nossas lembranças e nosso tempo.
Aliás, como será o tempo produzido pelo homem?
Você já encomendou o seu CHIP?
Solicite um com novos valores, a fim de se imunizar e para que você também seja um guardião da vida, amenizando a degradação do cenário do futuro.
E não se esqueça de adquirir créditos adicionais contra a ganância, contra a ignorância e contra tudo o que esta acontecendo.
Solicite um com mais visão de Vida. Natural e claro!
Saudações,
Fernando Cotonete